
SPOILER
Ontem eu assisti um filme interessante com a minha família. Capitão América. E Capitão América estreou no mundo todo. E foi mais um passo para a empreitada da Marvel de fazer o maior filme de heróis da história, um feito inédito, que está deixando qualquer fã de ansioso. Os Vingadores. E foi assim que o filme soou, como uma introdução. Tudo foi feito para que Os Vingadores seja como uma continuação, incluindo o final do Caveira Vermelha.
Preciso dar os parabéns para os criadores desse filme. Eu sempre me pegava imaginando como iriam adaptar certas partes da história, que seriam por demais esquisitas ou antiquadas para o mundo de hoje. Mas eles contornaram muito bem. Diferente da maioria dos filmes baseados em quadrinhos, as diferenças não fizeram com que eu deixasse o cinema com um dúvidas sobre a motivação dos roteiristas. Eu fui capaz de entender.

Para começar, o próprio Capitão. Tanto ele quanto Bucky foram baseados no Universo Ultimate, onde Bucky, ao invés de ser uma criança em plena guerra, é o melhor amigo que realmente protegia Rogers. E sim, Rogers era insano para entrar no exército. A cena de como ele vira o Capitão América ficou fiel a como ocorreu no Universo Ultimate. Os atores Chris Evans e o Sebastian Stan estavam muito bons. Evans mostrou que podia fazer o Capitão, uma coisa que muitos duvidavam. Eu achei que faltou um pouco de “classe”, mas isso se deve ao fato de Rogers ser um personagem antigo e um pouco mais velho que o ator. A parte de como ele recebeu o nome Capitão América ficou engraçadinha. E o final do Bucky, criado para o filme, foi ótimo e ainda deu pano pra manga para o Soldado Invernal.
Para mim, só o fato de ter os Howling Commandos já foi uma vitória. Os rapazes dessa divisão eram comandados pelo próprio Nick Fury, mas como a versão dos filmes dele é baseada na Ultimate, isso não aconteceu. Para minha felicidade, eles mantiveram alguns dos personagens como Gabriel Jones (o negro), o britânico Percival “Pinky” Pinkerton (o da boina), o judeu Izzy Cohen (o menor com bigodinho) e claro, o Dum Dum Dungan (o do bigode). O asiático, eu acredito, foi uma alternativa para Eric Koenig, que era alemão mas estava do lado dos Aliados. Havia também Dino Manelli, um italiano-americano (o personagem nas HQs lembrava o Dean Martin), e Rebel Ralston, que não apareceram no filme. Os Howling lutaram na Segunda Guerra, e não podiam mesmo ser deixados de fora.

Um dos maiores inimigos dos Howling Commandos era o Barão von Strucker, que viria a criar a HYDRA. E aí que há algumas das diferenças mais marcantes. No filme, a HYDRA foi criada pelo próprio Caveira Vermelha. Mas longe disso ser ruim, foi apenas uma pequena adaptação. E o Caveira Vermelha não foi criado pelo doutor Erskine, mas treinado a mando de Hitler para ser o Nazista Perfeito, sendo a cara de caveira apenas uma máscara. Mas no filme, tudo precisa ser adaptado para chamar o público. Eu particularmente gostei da participação do nazismo. Foi pequena, pois o foco não era esse. Capitão América não é um filme de guerra e ainda precisa vender bonequinhos. Não precisavamos ver Hitler ou os horrores do Holocausto.

Certos nomes existiram mesmo nos quadrinhos, e isso deu uma certa fidelidade, mesmo que mínima, a história. Erskine realmente criou o Capitão, Chester Phillips era o General que estava no projeto (apesar de ter sido ele quem recrutou Rogers), e sim Peggy Carter teve um romance com o herói. Mas ela era da Resistência Francesa, e eles não ficaram tanto tempo juntos. E Howard Stark, pai de Tony, realmente fez armas para os EUA, e chegou a ser capturado pelo Caveira Vermelha por isso, sendo salvo pelo próprio Capitão, Bucky e os Howling Commados. Só fiquei triste porque não foi o presidente Roosevelt que deu o escudo redondo para o Capitão. Ia ser épico.

Quanto ao Cubo Cósmico, até acho que poderiam ter falado um pouco mais dele, só que estão fazendo de tudo para que o filme dos Vingadores fique mais interessante. Mas mesmo assim, uma adaptação muito boa. O único problema é a superficialidade. Tudo pareceu ocorrer rápido, muitas vezes parecendo que os personagens não tinham a ligação que precisavam ter. Típico de filmes que contam a origem dos personagens, feito para todas as idades. Esse negócio de vender bonecos acaba um pouco com a história de qualquer filme. Todos se tornam “felizes” e engraçadinhos. Porém, os roteiristas souberam misturar o Universo Ultimate com o 616, além de fazerem adaptações próprias para que não ficasse cruel demais como no primeiro, ou pouco realista como no segundo. Para quem estava achando que ia ser um verdadeiro fiasco, o filme impressionou.
Agora, esqueçam tudo o que leram e vão para o cinema, pois ficar com a opinião dos outros na cabeça estraga o filme. Eu não quero que fiquem pensando que vai ser ótimo e no final, não foi tudo isso. Depois, comentem se concordaram ou não com o que eu disse. Mas eu gostei, Chris Evans fez um bom Capitão e a Marvel está de parabéns com os filmes desse ano. Thor e Capitão simplesmente me fizeram querer MUITO que 2012 chegue logo, pois todos eles juntos, na mesma tela, vai ser fenomenal.
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