O cultivo e o uso do tabaco tiveram sua origem no continente americano, onde era empregado pelos curandeiros das tribos nativas como parte de rituais de porem em prática seu poder espiritual. Com a descoberta da América, no século XV, por Colombo, o hábito do fumo, como tantos outros, foi importado para a Europa, tornando-se o que podemos chamar hoje de “epidemia mundial”.
Mas a rápida e entusiástica adesão que o novo hábito teve entre os europeus não os impediu, já naquela época, de avaliar os inconvenientes e os perigos que encerrava registros do século XVII descrevendo o ato de fumar como “um costume horroroso para o visual, repugnante para o nariz, prejudicial para o cérebro e perigoso para o pulmão”. Ao que nós hoje acrescentaríamos, oneroso para o bolso e letal para o coração.
O grande aumento do consumo de cigarros, no entanto, se deu a partir da Primeira Guerra Mundial, principalmente entre a grande depressão de 1930 e o início dos anos 50, quando surgiram também os primeiros relatos sobre o malefício do fumo. O fato de o aumento do número de fumantes e a disseminação do tabagismo em todo mundo haver coincidido com a industrialização não é mero acaso.
O consumo do tabaco transformou-o em um dos produtos mais lucrativos para a indústria, alvo de interesse e de maciços investimentos por parte de empresas poderosas. Para um idéia das dimensões dos negócios envolvendo a industria do fumo, basta mencionar que o volume mundial de venda de cigarros superou, em um único ano (1989) a casa dos 97 milhões de dólares.
Entretanto, contrapondo-se a força destes bilhões e dos interesses envolvidos, as campanhas de esclarecimento e a luta pelos direitos dos não fumantes propiciaram, a partir dos anos 70 uma acentuada queda no numero de cigarros consumidos por fumante, nos Estados Unidos, e, possivelmente, em todo o mundo desenvolvido.
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